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A Série D do Campeonato Brasileiro vai mudar de patamar a partir de 2026. A competição terá início em 5 de abril e terminará em 13 de setembro, trazendo um novo formato que amplia o número de participantes de 64 para 96 clubes. A alteração representa maior inclusão nacional e garante mais calendário para os times: cada equipe fará pelo menos 10 a 14 partidas. Serão seis vagas de acesso à terceira divisão.
No aumento de clubes, os times classificados ao mata-mata deste ano ganham vaga. Assim, o Distrito Federal terá três representantes na próxima edição: Ceilândia, eliminado nas oitavas de final de 2025, além de Gama e Capital, classificados via Campeonato Candango. O futebol candango, portanto, terá calendário nacional mais robusto e maior chance de alcançar a tão sonhada Série C.
Entre as principais novidades está a criação de um playoff extra que dará duas vagas adicionais à Série C. Até 2025, apenas os quatro semifinalistas da Série D subiam. Agora, os clubes que forem eliminados nas quartas de final terão uma segunda chance: disputarão confrontos diretos que valerão mais dois acessos. Com isso, a competição passa a promover seis equipes para a Série C, aumentando a disputa.
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O formato também foi reformulado. Na primeira fase, serão 16 grupos de seis clubes, com confrontos de ida e volta. Os quatro melhores de cada chave avançam para os mata-matas. Na segunda fase, os 64 classificados se enfrentam em duelos eliminatórios, até chegarem às fases decisivas. Outra inovação é que os times que alcançarem a terceira fase estarão automaticamente garantidos na Série D de 2027, dando estabilidade e planejamento aos clubes.
As mudanças trazem impactos esportivos e econômicos. O calendário se torna mais estável e previsível, os clubes ganham tempo para desenvolver elenco e planejamento, e as cidades envolvidas passam a receber maior movimento econômico em dias de jogos. O campeão da Série D também terá um prêmio extra: vaga direta na terceira fase da Copa do Brasil do ano seguinte, um estímulo esportivo e financeiro para quem levantar a taça.
Outro ponto relevante é a nova distribuição de vagas. Com o crescimento da competição, todas as federações estaduais passam a ter ao menos duas vagas garantidas. Antes, as quatro piores no Ranking Nacional de Federações tinham apenas uma. Além disso, 28 times que chegaram ao mata-mata da Série D 2025 herdaram o direito de estar na edição de 2026. As quatro equipes rebaixadas da Série C também entram automaticamente, e as vagas restantes serão preenchidas pelo Ranking Nacional de Clubes da CBF.
No total, a Série D terá 610 partidas em 2026, contra 510 na edição anterior. O aumento expressivo consolida a competição como um dos maiores torneios do calendário nacional e reforça seu papel de transição para clubes emergentes do Brasil inteiro.
Com Ceilândia, Gama e Capital em campo, o futebol do Distrito Federal terá uma oportunidade rara: além de calendário nacional garantido, a chance de buscar o acesso ficou maior. A nova Série D é um passo ousado da CBF para ampliar a base do futebol brasileiro e pode marcar o retorno do DF à Série C após longos anos de espera.
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