Riacho City volta ao banco dos réus no TJD-DF após novos problemas

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O Riacho City voltará a ser julgado pelo Tribunal de Justiça Desportiva do Distrito Federal (TJD-DF). Desta vez, a denúncia está ligada à partida contra o Planaltina, disputada no sábado (15/9), quando o time perdeu por 6 a 0 no Estádio Dirceuzão. A goleada, porém, foi o menor dos problemas. Na súmula da partida, a arbitragem relatou uma série de irregularidades, envolvendo jogadores atrasados e idas não autorizadas do presidente Antônio Teixeira à área técnica com bola rolando. Com isso, o time será julgado na sexta-feira (19/9), às 10h.

O clube causou problemas antes mesmo de a bola rolar. Segundo o documento oficial, o Riacho City chegou ao estádio com atraso e de maneira intercalada: os jogadores apareciam em carros separados. A relação de atletas foi entregue aos oficiais do jogo apenas às 15h20, 50 minutos depois do horário estipulado. Com os problemas, a equipe entrou em campo com apenas nove jogadores e completou com o primeiro tempo em andamento. Os problemas fizeram a bola rolar apenas às 15h44, 14 minutos além do previsto.

As confusões, porém, não ficaram restritas ao pré-jogo. O árbitro Matheus de Moraes Silva relatou duas invasões do presidente do clube à área técnica. Aos 33 minutos do primeiro tempo e aos 14 da etapa final, Antônio Teixeira deixou a área dos vestiários e foi até o banco de reservas. Na primeira vez, alegou necessidade de atendimento médico e, na outra, repassou instruções à comissão técnica. Nas duas ocasiões, o juiz precisou interromper a partida por cerca de um minuto para retirá-lo.

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A denúncia apresentada pela Procuradoria enquadra o clube e o dirigente nos artigos 191 (descumprir regulamento), 206 (dar causa ao atraso da partida), 258 (conduta contrária à disciplina), 258-B (invasão ao local da arbitragem) e 258-C (conduta ofensiva a membros da equipe de arbitragem), todos do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD). As punições possíveis vão de multas financeiras a suspensões, além de perda de pontos em casos de reincidência ou gravidade, conforme prevê o artigo 184 do CBJD.

Problemas recorrentes

O caso se soma ao histórico recente de problemas extracampo do Riacho City. Na semana passada, o clube foi condenado ao pagamento de R$ 1.080,00 em multas após a segunda rodada da Segundinha, quando parte do elenco foi vetada pelo próprio presidente momentos antes do duelo contra o Candango, em meio a denúncias de falta de pagamento. A partida terminou em derrota por 1 a 0.

Em campo, os reflexos da crise são evidentes. Com derrotas acumuladas, elenco instável e a diretoria no centro de processos disciplinares, o Riacho City aparece na lanterna da classificação da Segunda Divisão do Campeonato Candango. A competição é disputada em turno único, com os dois melhores garantindo acesso ao Candangão 2026. O cenário do clube é outro e, com mais problemas administrativos, o time voltará ao banco dos réus no TJD-DF.

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